"Computadores quânticos podem destruir o Bitcoin? Novo chip do Google acende o debate!"
O novo processador quântico Willow do Google reacendeu as discussões sobre a segurança da blockchain e sua capacidade de resistir aos rápidos avanços da tecnologia.
O anúncio do Google sobre seu inovador processador quântico Willow reacendeu os debates sobre a segurança das criptomoedas, com alguns analistas sugerindo que os computadores quânticos poderiam quebrar a criptografia do Bitcoin.
A gigante da tecnologia afirma que seu novo chip de computação quântica pode concluir determinados cálculos em cinco minutos, o que levaria um tempo impraticável para os supercomputadores tradicionais processarem.
A computação quântica é um novo tipo de computação que utiliza as estranhas propriedades da física quântica, em que pequenas partículas podem existir em vários estados ao mesmo tempo e afetar umas às outras instantaneamente através de distâncias para resolver determinados problemas muito mais rapidamente do que os computadores comuns.
Ao contrário dos computadores tradicionais, que trabalham com bits que são 0 ou 1, os computadores quânticos usam bits quânticos (qubits) que podem ser 0 e 1 ao mesmo tempo, o que lhes permite processar grandes quantidades de possibilidades simultaneamente.
O Google afirma ter avançado na correção de erros quânticos, uma das primeiras etapas para tornar a computação quântica prática.
Então, será que ele poderia decifrar o Bitcoin?
Ainda não, segundo analistas do setor. Os analistas da AllianceBernstein disseram em um relatório de terça-feira (10) que o chip Willow – com 105 qubits – ainda está longe dos vários milhões de qubits necessários para derrubar a rede Bitcoin. Um qubit é a unidade usada para medir dados na computação quântica.
“Será que os colaboradores do Bitcoin devem começar a se preparar para o futuro quântico?” escreveram os analistas da Bernstein. “Sim, mas qualquer ameaça prática ao Bitcoin parece estar a décadas de distância.”
Os computadores quânticos, se suficientemente avançados, poderiam teoricamente derrubar blockchains usando algoritmos para quebrar chaves criptográficas, enfraquecer funções de hash e dominar a mineração, permitindo roubo, gastos duplos e controle de rede; no entanto, esses riscos permanecem teóricos por enquanto, e o setor de blockchain está desenvolvendo ativamente soluções resistentes à tecnologia de computação quântica.
“Os colaboradores do Bitcoin também têm debatido uma transição para a criptografia resistente à computação quântica”, acrescentaram os analistas.
A rede Bitcoin é atualmente a rede de computação mais segura do mundo – e nunca foi hackeada.
Um hacker teria que assumir o controle de mais de 50% da rede Bitcoin para comprometê-la. Fazer isso exigiria uma quantidade absurda de poder de computação.
Em resposta ao post do CEO da Alphabet, Sundar Pichai, no X, em que anunciou as descobertas do Google em termos de chips, o cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, fez a seguinte pergunta: “Qual é o maior semiprimo que você pode fatorar?”
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